terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Transtorno de Pânico


Excesso de ansiedade pode repercutir de formas variadas no comportamento da pessoa. O Transtorno de Pânico é uma delas.


 [Espero ajudar alguém com essas informações que achei na internet a respeito dessa doença terrível pois já sofri muito desse mal e posso dizer que é uma das piores coisas que pode acontecer ao ser humano.]

A Doença do Pânico, Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico (síndrome é o conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma enfermidade física ou mental), é uma das manifestações dos Transtornos da Ansiedade. No Código Internacional das Doenças (CID) o código F 41.0 relaciona o Transtorno do Pânico ali classificado sob o título geral de TRANSTORNOS DA ANSIEDADE. Este Transtorno ocorre por causa de ataques muito fortes de ansiedade que não estão ligados à alguma situação específica. É uma explosão de ansiedade, já que ansiedade todos têm em níveis mais atenuados. Todas as pessoa têm temperatura no corpo, (normal é 36,5 C), mas nem todas têm febre, que pode chegar a níveis perigosos para a saúde. Da mesma forma, todas as pessoas têm ansiedade, mas nem todas têm transtorno ligados a ela, e o nível de ansiedade pode ser muito alto e isto prejudicar sua paz interior e seus relacionamentos sociais.
Há certas alterações no cérebro que podem provocar sintomas parecidos com os da Síndrome do Pânico, por isso é prudente fazer um exame de Ressonância Magnética cerebral para avaliação orgânica e exame neurológico. Se estes exames forem normais, daí podemos começar a pensar em problema emocional.

Para o diagnóstico de Transtorno do Pânico é preciso: ter vários ataques dentro de um mês em situações sem perigo objetivo, ausência de nível alto de ansiedade nos intervalos entre um ataque e outro, cada ataque em geral produz sintomas como taquicardia, sensação de morte iminente (geralmente ideias de morrer de ataque do coração), e/ou sensação de perda do juízo ou da identidade, sudorese, sufocação, aflição, etc. Pode ocorrer um ataque de pânico só e não mais em sua vida. Pode ter um distante do outro, ou uma sequência em pouco espaço de tempo. Quando ocorre perto um do outro, chamamos de Transtorno ou Doença ou Síndrome do Pânico. Quando é um ataque isolado, chamamos de Ataque ou Crise de Pânico.

Do ponto de vista biológico, se crê que neste ataque há um distúrbio de neurotransmissores (substâncias cerebrais). Do ponto de vista psicológico autores afirmam que ocorre em pessoas aparentemente autônomas, independentes, ativas, empreendedoras, que quando algo ameaça sua segurança e união afetivas, ocorre o “curto-circuito” emocional, com os sintomas acima.

O pânico pode existir junto com uma fobia ou não. Fobia é a concentração da ansiedade em outros pontos que não o básico do conflito da pessoa. É um medo específico. Um tipo de fobia comum em pessoas com ataques de pânico é a agorafobia, que é um medo de espaços grandes e abertos, na verdade, é uma insegurança do indivíduo estar na rua, no supermercado, no shopping, etc. Há quem tem crises de pânico com agorafobia, e só as crises de pânico.

De que maneiras a alta ansiedade se manifesta

Quando uma pessoa apresenta algum conflito (ou vários) em sua vida e que ainda não conseguiu resolver, isto aumenta a ansiedade, ou pode gerar depressão. Se a ansiedade aumenta demasiadamente, ela pode ser manifestada através de um dos vários tipos de transtornos, como a Doença do Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Ansiedade Generalizada, Fobia Simples, Fobia Social, Agorafobia, Transtornos Conversivos, Transtornos de Somatização, Neurastenia, etc.
Conflitos mal resolvidos, ou que estão em processo de resolução, podem ser conscientes ou inconscientes. Podem ser ligados à história passada (infância, adolescência) e/ou atual. Podem ter produzido uma forma de pensar distorcida. E na medida em que alguém mantém formas erradas de pensar, a ansiedade pode aumentar demais. Exemplo: pessoas que sempre interpretam de forma trágica os eventos, que só olham para o lado sombrio da situação, cultivam uma forma de pensar negativa, pessimista, e isto contribui para o aumento da ansiedade e o surgimento de depressão.

Aspectos gerais para o tratamento do Transtorno do Pânico

O tratamento do Transtorno do Pânico envolve, então, (1) psicoterapia, (2) alguma medicação para aliviar a ansiedade e (3) apoio familiar.
Coloquei em primeiro lugar a psicoterapia porque se a pessoa não aprender a lidar com sua ansiedade, o remédio não funcionará o tempo todo de maneira eficaz. Se a pessoa com síndrome do pânico não aprende a mudar sua forma de pensar e lidar com suas emoções, os remédios não darão conta de eliminar as crises, mas apenas controlar.
Então, surgem perguntas para pensar: Há conflitos em sua personalidade a serem resolvidos? Há tensões emocionais nas suas relações sociais? Há dificuldades de autonomia emocional? Há lutas quanto à questões de valor pessoal? Tem você tendência a absorver responsabilidades demais? Tem dificuldades de colocar limites, pedir coisas para si, receber ajuda, dizer “não”? Tem cultivado formas negativas, pessimistas de pensar?
Se você encontra problemas nestas áreas, eles precisam de solução, gradativa, passo à passo, mudando seu comportamento, lutando para treinar pensamentos saudáveis, de esperança, de alegria, de perdão, de reconciliação, de valor pessoal, com a ajuda de Deus também.
A alimentação também influi no funcionamento do cérebro. Prefira um regime vegetariano. Pratique caminhadas diárias (30 minutos cada dia, ou uma hora pelo menos 3 vezes por semana), pois isso também melhora o cérebro. Tente eliminar o café e tudo que contenha cafeína, substituindo por café de cevada, vendido em lojas de produtos naturais. Há em pó para fazer igual café coado ou solúvel instantâneo.

Matéria escrita pelo Dr. Cesar Vasconcellos de Souza

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